O tema MORTE ainda é tratado num tom velado, principalmente, diante de crianças. Os últimos instantes da nossa existência, o momento derradeiro da vida humana ainda é tabu em sociedades ocidentais. É um tema de difícil abordagem, pois traz vergonha, constrangimento ou dor. Raramente ou quase nunca se fala sobre ele na escola.
Apresentaremos a seguir uma proposta parta a EDUCAÇÃO PARA A MORTE baseada no excelente trabalho de pesquisa A Prática Docente e a Educação para a Mortre, da antropóloga, socióloga e pedagoga Maria do Socorro Nascimento de Melo (RN), apresentado no III ENCONTRO DE TANATOLOGIA DO CEARÁ, em 2007. Recomendamos a leitura do referido texto.
Justificativa
A maioria dos professores não estão preparados para discutirem a temática da Morte, em decorrência disso evitam trazê-la para a sala de aula. Para dificultar a situação, praticamente não encontram referências sobre a morte no âmbito da educação e da formação de professores.
Uma lacuna educacional
Sabemos que a morte está presente no cotidiano escolar, pelas perdas que acontecem na vida de crianças e adolescentes. A morte é considerada “escancarada porque ocorre nas ruas, na frente de quem estiver por perto, sem máscaras ou anteparos. Todos a vêem, inclusive as crianças” (KOVÁCS, 2003b, p.141).
Como professoras de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental podem trabalhar o conceito de morte na sala de aula? Como se comportar quando a morte, direta ou indiretamente, se faz presente no seu cotidiano profissional? Como agir frente ao falecimento de um aluno? Como lidar com o aluno que sofreu a perda de um ente querido? Como inserir a temática da Morte nas práticas curriculares e didático-pedagógicas?
Segundo MATURANO:
Segundo MATURANO:
"A carência de salientar essa temática no ambiente da escola ocorre com a intenção de facilitar o diálogo sobre um tema tão complexo como é a morte para uma sociedade que o trata como um interdito, pensando em re-humanizá-lo, ao mesmo tempo em que os meios de comunicação o tratam de forma escancarada, expondo milhares de imagens que chegam aos lares por repetidas vezes e são assistidas por adultos, jovens e crianças da mais tenra idade. Poucos são os pais que educam os filhos para lidar com as perdas, principalmente aquelas referentes à morte, e são poucas as escolas que se dispõem a discutir essa temática. Pais e professores devem buscar falar às crianças que a existência humana é finita, oportunizando discutir, com clareza, questões filosóficas em casa e em sala de aula, favorecendo a construção de conceitos de vida e de morte." (apud SILVA, M., 2003; KOVÁCS, 2003a; 2003b).
Iniciação à temática da morte
Iniciação à temática da morte
A criança é iniciada por pais e professores cada vez mais cedo nos “mistérios da vida”: mecanismos do sexo, concepção, nascimento e métodos contraceptivos. Por outro lado, há uma sistemática intenção de esconder dela a morte e os mortos. Enquanto a criança aprende que “cegonhas na trazem bebês”, ainda escuta metáforas de que o ente querido falecido “Virou um estrelinha no céu”. O que, segundo especialistas, poupa a criança do "inconvenente da morte" pode trazer-lhe dificuldades futuras em lidar com perdas podendo causar-lhe angústias ao longo da sua vida. Deste mal padecem milhares de adultos em nossos dias.
Bromberg (apud SILVA, 2003), por exemplo, orienta que o professor, “ao receber o aluno, diga que você sabe que ele perdeu uma pessoa querida e que está à disposição para conversar. Acolher e dar carinho são os melhores remédios nessa hora. Mostre que a morte não é um castigo, mas um acontecimento natural”.
Mascarar o problema, utilizando metáforas de que o seu ente querido "foi fazer uma longa viagem", "foi embora para não volar", "Jesus levou para ele", "foi morar no céu", ou coisa parecida, poderá gerar expectativas de retorno, culpa ou sentimento de abandono, ou ainda que Deus não é justo, acarretando ansiedade e insegurança na criança.
Mascarar o problema, utilizando metáforas de que o seu ente querido "foi fazer uma longa viagem", "foi embora para não volar", "Jesus levou para ele", "foi morar no céu", ou coisa parecida, poderá gerar expectativas de retorno, culpa ou sentimento de abandono, ou ainda que Deus não é justo, acarretando ansiedade e insegurança na criança.
Aprender a viver com a sua morte e a dos seus semelhantes é o grande desafio humano. Precisamos reconhecê-la como algo natural à nossa espécie, o encerramento do ciclo da vida, destino final de todo ser humano, do qual, mais cedo ou mais tarde, ninguém poderá escapar.
Portanto, consideramos o espaço escolar fundamental para que ocorra essa aprendizagem. Por isso, o crescente interesse de muitos especialistas por pesquisar a morte enquanto objeto de conhecimento escolar.
Quando se falar de morte?
Segundo Bromberg (2001), aos dois anos de idade a criança já é capaz de entender a morte ou o desaparecimento de um animal de estimação, a ausência dos seus pais e a morte dos personagens dos desenhos animados. Porém, essa autora afirma que, antes de completar quatro anos, a criança ainda crê que todas essas situações são reversíveis, o que pode ser constatado através do sentimento de angústia observado nos desenhos feitos por essas crianças e pelas brincadeiras entre elas.
Um estudo recente feito nos Estados Unidos mostra que qualquer pessoa, desde o dia em que nasce até completar 18 anos, testemunha em média 18 000 mortes, seja de forma indireta, pela televisão, seja de animais de estimação ou de algum parente.1
De acordo com Kübler-Ross (1998, p.10), permitir que as crianças participem de conversas que envolvam essa temática “é uma preparação gradual, um incentivo para que encarem a morte como parte da vida, uma experiência que pode ajudá-las a crescer e amadurecer”. Para essa pesquisadora, na sociedade em que a morte é considerada tabu, “os debates sobre ela são considerados mórbidos e as crianças são afastadas com o pretexto de que seria ‘demais’ para elas”.
De acordo com Kübler-Ross (1998, p.10), permitir que as crianças participem de conversas que envolvam essa temática “é uma preparação gradual, um incentivo para que encarem a morte como parte da vida, uma experiência que pode ajudá-las a crescer e amadurecer”. Para essa pesquisadora, na sociedade em que a morte é considerada tabu, “os debates sobre ela são considerados mórbidos e as crianças são afastadas com o pretexto de que seria ‘demais’ para elas”.
Kovács (2003b) defende: que a morte é um tema que precisa ser abordado na escola, porque é o local em que a criança passa grande parte de sua vida. Kovács (2003b, p.35) concorda, quando afirma que,
"na atualidade, muitas das mortes que ocorre em família e as ligadas ao âmbito público ou coletivo, são testemunhadas pelas crianças; neste último caso, as informações vêm pela televisão, elas fazem perguntas, querem respostas e necessitam de ajuda. Só para citar dois episódios marcantes, lembremo-nos do ressente evento nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001 – que acarretou milhares de perdas, abalando, inclusive os pilares do capitalismo e da segurança – transmitido e retransmitido para todas as partes do mundo, proporcionando que crianças vissem muitas imagens de morte e destruição; recordemos, também, que crianças viveram e reviveram o desenlace de Ayrton Senna, em 1994, e devem ter feitos inúmeras perguntas por que um ídolo não é imortal."
Falando de morte em sala de aula
Cotidianamente o cenário educacional oferece situações e conteúdos em que a temática da Morte encontra presente:
• Literatura e Língua Portuguesa. Poemas e contos;
• Ciências. Meio ambiente e ciclo da vida, doenças, higiene e profilaxia;
• História e Geografia. Fatos, contextos históricos, guerras, desmatamentos, catástrofes naturais, acidentes aéreos, entre outras;
• Artes. Letras de músicas, filmes, peças teatrais, pinturas etc.
• Ensino Religioso. Estudos das religiões e suas crenças sobre a morte.
Paradoxalmente, a morte faz-se presente na sala de aula, mas não encontra espaço para discussão. Permanecendo ainda permanece velada na prática escolar.
OS PCN DE 1ª A 4ª SÉRIES E A TEMÁTICA DA MORTE
O Ministério de Educação e Cultura – MEC, para preencher lacunas educacionais sobre diversas temáticas, disponibiliza aos professores os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – que dá suporte e norteia as instituições educacionais brasileiras nas variadas instâncias da atividade pedagógica em níveis diferenciados de ensino. Os PCN são referenciais que auxiliam o professor a refletir a sua prática docente. Neles encontramos trechos sobre o tema da morte e orientações didático-pedagógicas para os docentes brasileiros abordar a temática em sala de aula.
Nos PCN constatamos que a morte se faz presente de forma direta ou subjacente nos conteúdos programáticos relacionados pelo MEC, obedecendo aos seguintes critérios:
1. CIÊNCIAS NATURAIS
“Hoje, quando se depara com uma crise ambiental que coloca risco a em vida do planeta, inclusive a humana, o ensino de Ciências Naturais pode contribuir para uma reconstrução da relação homem-natureza em outros termos” (PCN, pg. 24).
- Meio Ambiente. Estudar a interdependência entre os organismos vivos e as relações deles com o meio onde habitam. Estas relações podem ser enfatizadas nos estudos das teias e cadeias alimentares quando se faz necessário a morte de um ser para que outro sobreviva.
- Recursos Naturais. Valorizar a extração de recursos naturais, como o petróleo. Aí se observa a morte, nesse conteúdo, na decomposição de restos de seres vivos.
- Corpo Humano. Explorar a concepção de corpo humano como um sistema integrado percebido como um todo articulado em equilíbrio, onde a doença deve ser vista como um estado de desequilíbrio do corpo. Dessa forma, o ser humano como ser vivo tem seu ciclo vital: nasce, cresce se desenvolve, se reproduz e morre. Mas, é importante frisar que esse ciclo vital não pertence apenas ao indivíduo, ele é um processo de cada espécie.
2. HISTÓRIA
Os PCN se apresentam como uma proposta que privilegia o tempo presente, partindo da realidade do cotidiano do aluno, os conteúdos programáticos de História é parte “integrada a um contexto mais amplo, que inclui os contextos históricos”(p.43). Eles se apresentam delimitados em três conceitos fundamentais: o de fato histórico, de sujeito histórico e de tempo histórico. Em todos esses conceitos fica registrada a ação humana e o heroísmo de uns contra a fraqueza de outros. Isto fica aparente quando são estudados conflitos, guerras e batalhas enaltecendo os grandes vultos da nossa história ou de outros povos.
Essas reflexões geralmente trazem a temática da morte de forma clara ou nas suas entrelinhas principalmente, se estiverem relacionados com o patrimônio sócio cultural de grupos sociais, distantes no tempo e no espaço.
3. GEOGRAFIA
Quanto ao estudo da Geografia, os PCN abordam o papel da natureza e a sua relação com a ação individual ou coletiva do homem na construção do espaço geográfico.
Discutir o papel da natureza nos remete à temática da morte, se considerar as grandes catástrofes que assolam a humanidade tais como os vulcões, terremotos, maremotos, enchentes e deslizamentos de terra. Mas, se levar à discussão para as realizações humanas, a morte aparecerá como conseqüência de diversos fatores, como: o desmatamento, as grandes queimadas, a densidade demográfica, as péssimas condições de moradia, a ocupação indevida do solo e a contaminação dos rios e dos lençóis freáticos, entre outros.
4. ENSINO RELIGIOSO
As religiões têm exercido poderosa influência nas atitudes dos indivíduos com relação à transcendência. Muitos alunos não diferenciando ressurreição de reencarnação.
- Cristianismo. A vida após a morte está inserida na crença da ressurreição, que compreende uma nova vida daquele que morre e revive em seu próprio corpo, antes falecido.
- Espiritismo. A vida depois da morte se reveste de substancial significado, da reencarnação, que É um retorno à vida através de outro corpo, ou seja, o corpo morre, mas o espírito retorna em outro corpo.
A falta de resposta definitiva por parte da ciência quanto ao paradeiro do ser após a morte faz com que o homem busque explicações nas crenças religiosas. Como afirma Cassorla (apud VOMERO, 2002, p.41), “na religião o indivíduo convive melhor com a finitude porque lá encontra certezas sobre porque vive, porque morre e o que acontece após a morte”.
Concepção semelhante encontra-se presente em Vomero (2002, p.41), ao afirmar que “é também por meio da aceitação da impermanência humana que a religião ajuda a suavizar o sofrimento causado pela finitude”.
5. LÍNGUA PORTUGUESA
Existe no mercado editorial brasileiro uma vasta literatura infantil que aborda o tema da morte e do morrer que traz a tona, na forma de histórias, os principais medos das crianças. Entre as obras de Rubem Alves sobre o tema, citamos: “O Medo da sementinha” e “A Montanha Encantada dos Cisnes Selvagens”.
Outros livros importantes são: “A história de uma folha” (Léo Buscaglia), "Tempos de Vida" (B.Mellonie e R. Ingpen), "Mas Por Quê??! A história de Elvis" (Peter Schössow), onde a morte é abordada como parte do ciclo vital. “Vovô foi viajar” (M. Veneza) e “Cadê meu avô” (Lídia Carvalho) apontam para a importância de não se enganar a criança ao se contar sobre a morte de alguém.
Algumas obras chamaram a atenção pela sutileza que abordam o tema, como Vó Nana (Margaret Wild), Menina Nina (Ziraldo), Eu vi mamãe nascer (Luiz Fernando Emediato). O livro "Quando os Dinossauros Morrem" (M. Brown) aborda questões como as diferentes formas de morrer e os rituais de despedida, costumes e crenças das diferentes religiões, além de formas de manifestação de sentimentos e o próprio conceito de morte.
3. ARTES
Nos conteúdos de Artes a palavra morte também se encontra presente nas letras de músicas, em títulos de espetáculos, em pinturas, desenhos animados e nos demais legados de um povo.
TEMA TRANSVERSAL: MEIO AMBIENTE E SAÚDE
O Tema Transversl, referencial de número nove, que trata do Meio Ambiente e Saúde, enfoca a morte, quando afirma que uma simples alteração de um ecossistema “pode ser nociva e até fatal para o sistema como um todo” (p.20). Na mesma página, quando é citada que a extensão da monocultura poderá “determinar a extinção regional de alguma espécie” de vegetais ou animais também está tratando da morte. Ela vai ser citada nas entrelinhas na página 23 quando é comentado que se um desastre atômico viesse a ocorrer todas as formas de vida seriam afetadas. E, ainda mais, que “não é só o crime ou a guerra que ameaça a vida, mas também a forma como se gera, se distribui e se usa a riqueza, a forma como se trata a natureza”.
O impacto ambiental provocado pela ação do homem, explicitado na nota de rodapé, da página 33 é mais um exemplo da presença da morte nas entrelinhas.
O impacto ambiental provocado pela ação do homem, explicitado na nota de rodapé, da página 33 é mais um exemplo da presença da morte nas entrelinhas.
Falsos Dilemas
No item falsos dilemas, ao ater-se a algumas visões distorcidas sobre a questão ambiental, podemos observar a presença da morte de forma bastante clara em: “É um luxo e um despropósito defender, por exemplo, a vida do mico-leão-dourado, enquanto milhares de crianças morrem de fome ou de diarréia na periferia das grandes cidades, no Norte e no Nordeste” (p.45). É considerado falso, segundo o documento, porque não é pelo fato de deixar se extinguir qualquer espécie que crianças possam ser salvas de morrer de fome. O que vitima as inúmeras crianças é à falta de condições mínimas de sobrevivência, imposta pela miséria que assola a pobreza.
Apontado também como falso dilema, ao afirmar que “se idealiza a natureza, quando se fala da ‘harmonia da natureza’. Como é que se pode falar em ‘harmonia’, se na natureza os animais se atacam violentamente e se devoram? Que harmonia é essa?” (p.46). A temática da morte aí presente, responde que “o impulso de sobrevivência que leva um animal a matar outro favorece a manutenção do equilíbrio da natureza”. E mais, “os animais matam para se defender ou para se alimentar, mas jamais matam inutilmente”. Continuando a responder diz que “matar e morrer, aqui, são disputas entre formas de vida” (p.47). E ainda garante que na harmonia da natureza “cada um desempenha seu papel e para tudo há uma função, inclusive para a morte”. Prosseguindo, a morte aparece novamente, mas sem função. É quando ela devasta a natureza causando um desequilíbrio e desarmoniza a natureza.
Contudo, o tema saúde, no item chamado “Ampliando o horizonte”, a morte volta ao cenário quando se afirma que “por melhores que sejam as condições de vida, necessariamente convive-se com doenças, problemas de saúde e com a morte”. Ainda nesse item será tratada a questão da morte prematura devido à desnutrição infantil e a morte por doenças cardiovasculares ocasionada por diversas causas, mas principalmente, pelo estresse.
BLOCO TEMÁTICO: RECURSOS TECNOLÓGICOS
Enfocar a utilização dos aparelhos, máquinas e instrumentos como produto necessário à vida humana apontando o desenvolvimento da tecnologia brasileira com o aumento da estocagem de alimentos e de remédios. Mas afirmar que, todo esse avanço da indústria alimentícia, da farmacêutica e da medicina não foi suficiente para acabar com a desnutrição e a mortalidade infantil.
- Ambiente. Explorar o estudo dos seres vivos, ressalte os animais extintos ou em extinção e ao se ater ao estudo da reprodução dos vegetais, explore aqueles com ciclo vital curto. Nestas duas observações a palavra morte pode ser detectada nas entrelinhas.
- Ser Humano e Saúde. Também de forma subentendida a morte como a etapa final do ciclo da vida, foi notado na seguinte citação:
Ao investigar o ciclo de vida dos seres humanos o professor pode solicitar aos alunos que coletem algumas figuras ou retratos de pessoas em diferentes fases da vida: bebê, criança, jovem, adulto e idoso. A partir dessa coleção, professor e alunos podem organizar um painel em que as diferentes idades sejam apresentadas em seqüência, construindo-se, assim, uma representação do ciclo de vida do ser humano. Essa representação se enriquece com figuras de mulheres grávidas, iniciando novos ciclos. (PCN, v.4 p.71).
Todavia, na página seguinte do mesmo documento encontramos a morte explicitada na seguinte sugestão: “É importante que as crianças entrem em contato com a idéia de que a vida compreende a morte, parte do ciclo vital da espécie humana e de todos os seres vivos” (p.72).
E na página 90, também é sugerido que o professor ao citar a noção de fertilização do solo enfatize: “a ação de seres decompositores sobre os restos de animais e vegetais mortos, beneficiando o solo”.
SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Como sugestão, o professor deve desenvolver o tema da morte na sala de aula, de natureza integrada, numa rede de interdependência, as questões de vida-e-morte, entre outras.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Nos critérios de avaliação, espera-se que o aluno observe as diferentes formas de vida, a existência dos processos de transformação e perpetuação da vida, mas também que a morte seja contemplada.
Considerações Finais
Observamos que a maioria dos educadores reconhece que existe uma lacuna em sua formação profissional de como lidar com a morte na sala de aula e manifestam dificuldades em discutir e abordar essa temática com os seus alunos em sua prática docente.
Diante da constatação que evidencia a presença da temática da morte nos PCN, por que a morte permanece oculta na prática pedagógica das instituições educacionais?
A educação não pode deixar de refletir sobre os fenômenos naturais e sociais ocorridos dentro e no entorno da escola, inclusive a morte. O professor pode continuar evitando abordar a morte no seu quotidiano escolar, como se ela não existisse ou estivesse fora da sua realidade. Ele deve buscar conhecimentos voltados a uma educação para a morte, em todos os níveis de educação, a fim de constituí-lo enquanto objeto de sua prática docente.
1. http://veja.abril.com.br/070307/p_088.shtml
REFERÊNCIAS citadas no texto A Prática Docente e a Educação para a Mortre
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 3. ed. Brasília, 2001.
BROMBERG, Maria Helena Pereira Franco. Morte não é castigo, Isto é, São Paulo, p.5-9, abr. 1999. Entrevistadora: Janete Leão Ferraz.
KOVÁCS, Maria Júlia. Educação para a morte: temas e reflexões. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003a.
______. Educação para a morte: desafio na formação de profissionais de saúde e educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003b.
KÜBLER-ROSS, Elisabeth. A morte: um amanhecer. São Paulo: Pensamento, 1991.
______. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. Tradução de Paulo Menezes. 8.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
VOMERO, Maria Fernanda. Morte, Superinteressante, São Paulo, n.173, p.36-46, fev. 2002.
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